ossonha

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

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Tudo culpa do CALcine @ 9:46 PM
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

abecedário oulipiano improvisado

Alguém brincou com deus e fez grandes hienas,
igualmente jovens, levando meus narcisos onde pedi que
relembrassem seus tristes últimos vídeos wagnerianos xaropes zangarreantes


Tudo culpa do CALcine @ 10:47 PM
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

hoje é um grande dia pra mim
e fica registrado aqui, o grande amor que eu sinto
que esse dia trás apesar dos pesares.

Tudo culpa do CALcine @ 1:56 PM
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

só estou
estranha mente
com fuso
sem cor
ação qual
quer um
ano passa
do lado
de lá

Tudo culpa do CALcine @ 10:26 PM
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sábado, 12 de setembro de 2009

Memória ilustrada

Daqui a alguns meses, se tudo ocorrer certo, serei oficialmente um designer, um profissional da comunicação visual. Ainda tenho muito pela frente lógico, esse é só o começo. Mas foi uma boa caminhada até aqui... mas porque eu vim parar logo aqui? Depois de escrever sobre a minha memória musical me indaguei: porque designer e não musico? Resolvi fazer outra escavação na minha mente para me conhecer melhor ao que me trouxe até o designer e consequentemente o ilustrador que pretendo ser.

Bom, eu tenho uma boa resposta quanto ao fato de não ser musico, vergonhosamente eu não sei tocar instrumento nenhum, sim isso é uma lastima para mim. Se eu gostava tanto das guitarradas porque eu não pensei desde aquele tempo em fazer aulas de violão pelo menos? Se eu começasse naquele possivelmente hoje eu seria um demônio (ou não) dos dedilhados. Mas enfim, música eu apenas apreciava, o que eu praticava desde aquela época, como toda criança, era o desenho.

Não lembro muito bem de eu estar desenhando em casa, mas em casa sempre gostei ao menos de assistir desenhos na TV, inclusive sempre gostei muito disso. Lembro da vovó Mafalda e coisas como ursinhos carinhosos. Mas isso eram nas poucas manhãs em que eu acordava... de manhã. Geralmente eu acordava tarde e fazia qualquer outra coisa. Na escola é onde nos incentivam a desenhar, na minha primeira escola, onde fiz a série a qual chamávamos de Jardim na época, há dois fatos que me marcam em relação a isto: um era sobre as pinturas, davam aqueles desenhos prontos em que só tínhamos que pintar, o que eu gostava de fazer era usar o maior número de cores possíveis sem repetir e pintar as coisas com as suas cores erradas, o motivo disso se não me engano era realmente ver as coisas diferente de como elas são na realidade. Se o sol é amarelo na vida real, porque pintar ele nessa cor no desenho que é meu? Eu sei como é o sol amarelo, mas e se ele fosse verde? Ou marrom? Pessoas de pele azul e grama vermelha, meu desenho me divertia e matava minha curiosidade; A outra lembrança é um desenho em que pediram para fazer alguma coisa que víamos no caminho que tomamos de casa até a escola. No meu desenho havia uma margarida e um mercado cor-de-rosa, eu fui elogiado por esse desenho, mas parecia um elogio diferente como se eu tivesse feito algo de muito diferente dos outros. Logo com isso acho que eu aprendi que posso ser elogiado com meus desenhos e ser diferente dos outros.

Na outra escola já nos primeiros anos a coisa era diferente, tínhamos que aprender a ler, mas... eu já sabia, havia aprendido a ler com quadrinhos da turma da Mônica e Nosso Amiguinho. Inclusive revistas muito influentes também no meu processo de aprendizado do desenho, sem falar que as historias da turma da Mônica são muito boas pras crianças, além de serem politicamente corretas, elas são criativas e viajonas, o Cebolinha mesmo é uma mente incrível, depois de virar mangá ele vai ser inventor... ou pelo menos designer. Enfim, aprendi a ler com quadrinhos, e na escola não tinha interesse em copiar aqueles textos imensos do quadro, o que eu poderia fazer então? Desenhar é claro, mas meu plano não era muito esperto, já que a professora conferia quem copiava ou não, e logo levei xingada, fui obrigado a escrever, mas acabava me distraindo com as letras que pediam que eu as deixasse mais divertidas, então eu sempre fazia carinhas nas letras, o traço do “t” era uma boca feliz, depois duas bolinhas faziam os olhos. Com o passar do tempo, na TV eu fui assistindo umas besteiras japonesas do tipo Jaspion e Jiraya, e eu sempre gostei muito dos monstros, eram coisas que não se vê por aí, e logo eu queria desenhá-los.

Esses tempos eu fui em uma palestra sobre ilustração em que o palestrante disse que crianças desenham para contar as historias que passam na cabeça delas, eu tinha historias com monstros e dragões graças aos desenhos e besteiras japonesas. Aos poucos fui pegando um gosto pelo lúgubre e mórbido, nessa época eu deveria estar pela segunda ou terceira série, por volta de 1997 eu acho (eu desenhava nas aulas de matemática e isso afetou muito o meu pensamento matemático) não sei direito o ano, mas acho que era a terceira série, dois desenhos marcantes: um dragão em cima de um penhasco ou algo assim; e uma folha toda (mal)pintada de preto, uma caveira feita com lápis normal bem pequena em um canto e um raio amarelo enorme quebrando a página atingindo a caveira. Esse segundo muito me orgulhava, mas as pessoas olhavam e diziam “é só isso?” acho que elas esperavam mais de um desenho que me alegrasse tanto.

Houve uma época em que tínhamos que fazer um trabalho escrito sobre algum artista, eu fiz sobre o Van Gogh, eu não lembro de nada do trabalho escrito porque peguei de uma enciclopédia Barsa ou algo assim, mas lembro que meu falou que Van Gogh pintava bastante coisa com amarelo, e que ele era meio louco, cortou a orelha e tal, por fim meu pai juntou uma dedução pessoal dele e disse que amarelo era cor meio de loucos. Ótimo a partir disso comecei a gostar do amarelo de uma maneira cada vez mais particular. E cada vez mais eu me sentia diferenciado dos outros pelo fato de desenhar. Meu melhor amigo, era um garoto que desenhava junto comigo, inclusive acho que ele desenhava melhor que eu. Era muito divertido o desenho dele e bem criativo infelizmente (ou não) ele começou a se interessar por outras coisas e foi parando de desenhar. Ele desenhava monstros e personagens de desenho comigo, o engraçado é que hoje ele desenha da mesma maneira que há mais ou menos esse 12 anos atrás, e ele faz os mesmos desenhos. O meu preferido é o monstro do “foguinho legal”. Toda páscoa tínhamos que fazer um desenho utilizando símbolos da...páscoa, óbvio. Eu e este amigo sempre fazíamos o mesmo desenho todo ano, e riamos muito, era um coelho da páscoa com uma expressão marota fumando uma cenoura, isso e outras besteiras, e mais uma vez o desenho para mim era um parque de diversões.

Minha programação diária em casa era assistir TV. Isso implicava na programação da TV cultura, onde passava entre programas como Rá-tim-bum, vários desenhos, e eram educativos também. Na hora que paravam os desenhos, eu tinha a finada TV Manchete com seus desenhos japoneses, e lembro também de Bacamarte e Chumbinho (um Tom e Jerry genérico) e ainda na falta disso tínhamos um canal que fazia propaganda de uma TV por assinatura e as vezes passava um tempo de Cartoon Network. Em 1998 a mudança de casa que trouxe TV por assinatura, sim canais infinitos e eu podia agora optar entre dois principais canais com desenhos: o já citado Cartoon Network e a Nickeloadeon. Mas estes não eram os únicos canais com desenhos, e eu passei a assistir umas coisas mais adultas (com apenas 10 anos) a MTV mesmo trazia Beavis and Butthead (que era mais ou menos), Daria (que era legal), Aeon Flux (que era uma loucura e um tanto adulto) e The Maxx (meu preferido, mas eu não entendia muita coisa) e um outro canal chamado Locomotion confirmou o meu gosto por Animês (mais ou menos nessa época que eu descobri que isso tinha nome) eu já gostava muito de coisas como Cavaleiros do Zodiaco, Yu Yu Hakusho, Sailor Moon e as Guerreiras Mágicas de Reyearth. Mas com a Locomotion... eu fiquei alucinado, vi muitos desenhos, para muitas idades e com muitos conteúdos que as vezes acho que eram impróprios para mim, isso me fez desenhar muito e muito. Eu desenhava assistindo TV. Adeus vida social.

O colégio em que eu estudava era muito bom porque tinham poucos alunos e poderia ser dada uma atenção especial para cada um de acordo com seu perfil. Eles me incentivavam muito a desenhar, eu não gostava muito de pintar, e quando eu estava na quinta série tivemos um trabalho de geografia em que tinha que pintar o mapa do Brasil de acordo com suas regiões, eu estava tão orgulhoso porque eu não pintava tão bem, mas aquela pintura estava saindo ótima, pelo menos para mim, a professora quando viu aquilo me xingou com tanta intensidade dizendo que a pintura estava horrível, e pobre de mim que estava orgulhoso, aquilo foi traumatizante, e raras as vezes que eu peguei um lápis de cor na mão depois disso. Mas quando a coisa era tinta eu ainda me animava. Gostava de fazer o estilo Jackson Pollock. Pelo incentivo que me davam, me abriam muitas oportunidades de fazer desenhos de cartazes e outras coisas para uso da escola isso foi muito bom.

Por volta dos 13 anos, a quebra, o tempo moderno da minha vida. Comecei a ter vida social, sair para festas e me interessar por garotas e coisa assim. Não larguei totalmente o desenho, mas desenhava bem menos constantemente, mas quase não vi mais TV e na escola eu conversava mais do que desenhava. Com isso eu dei uma boa enferrujada no desenho por algum tempo. Até entrar na faculdade.

Escolhi design porque acreditava que eu desenhava bem e tudo mais. Ledo engano. Vi que eu não desenhava nada. Mas me abriu muitas portas e oportunidades de melhorar, passei a desenhar mais e mais de novo, voltei a conversar com os lápis de cor, mas nem tanto, só não somos mais inimigos, estou bem mais amigo das tintas, principalmente as aguadas, acrescentei o computador na minha lista de materiais de desenho, não só o computador, mas muitas coisas que me aparecem na mão como canetas, café, shoyu, sujeira, pedaços de revista e jornal, carvão. Conheci mais uma grande gama de materiais e maneiras de desenhar. Hoje sou grande adepto da experimentação e tudo é válido. Tenho um monte de referencias conheci artistas, conheci outras pessoas que desenham muito bem, muito melhor que eu na verdade. Outros estilos.

Continuo tendo como minha programação preferida da TV os desenhos, meu tipo de leitura preferida, os quadrinhos (agora umas coisas bem mais sérias e/ou experimentais). E ainda não desenho bem, mas continuo me divertindo muito e tirando as historias que tem na minha cabeça.

Tudo culpa do CALcine @ 9:59 PM
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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Memória musical

Depois de uma conversa capciosa com ela, decidi escavar meu passado em uma espécie de auto-psicanalise provavelmente influenciada pelas ultimas leituras freudianas que tenho feito. Independente do motivo de tal busca, vamos ao objetivo da mesma.

Em tal discussão debatíamos sobre uma diferença de hábito que temos. Ela ao chegar cansada ao fim da tarde, com a mente exaurida e o corpo mole agrada-se com o mais pleno silencio na casa vazia, o silencio por excelência, nem mesmo o canto dos passarinhos ou o arfar do vento, e depois de um bom descanso à calmaria. Para então depois se reanimar aos afazeres seja quais forem e então permitindo a quebra do silencio.

Eu, por outro lado, estando sob as mesmas condições psicológicas e físicas, ao buscar paz e sossego ao invés de um momento de silencio do mais puro, eu tenho uma preferência é em por do mais alto e clássico rock’n’roll isso varia entre sons do gênero de Dire Straits e AC/DC incluindo afluentes. A sensação que me dá não é de agitação ou reanimação das células, mas assim como ela, uma calmaria da mais sossegada, daquela em que teu corpo se desfaz na cama/cadeira/sofá/seja-lá-onde-for que você estiver e junto com um sorriso seus olhos se fecham e a calmaria reina. Com muitas guitarradas. Quanto mais alto o som, mais eu relaxo. As vezes durmo profundamente e acordo babando. Sinto-me algum tipo de hippie falando uma coisa dessas, mas a sensação que me dá também é mais ou menos o seguinte: a música aos poucos entra pelos meus ouvidos e toda a pele, circulando pelo meu corpo e pulsando dentro de mim, consigo até imaginar umas cores das ondas que enriquecem e relaxam o meu corpo (sim parece que sou um louco de rave), me dá muita liberdade e alegria.

Pensando sobre isso fui buscar alguma razão para tal, assim como eu acredito que há para tudo uma explicação, ou um pedaço de explicação. Freud fala muito de traumas de infância, concordo um tanto com isso, porém nem todo trauma é uma coisa ruim que aconteceu, digamos que há traumas bons, alguma coisa que te fez feliz quando era pequeno e até hoje você tem mania de fazer algo que induza a tal coisa. Perfurei minha mente até encontrar o meu trauma bom em relação a música, percorri toda minha memória musical.

Eu nasci em 1988, morei em uma casa ao lado da rodoviária da minha cidade até meados de 1995, minhas primeiras lembranças são dessa época, não consigo definir ao certo que idade eu tinha, mas no máximo eu devia ter 7 anos, 6 na verdade já que faço aniversário em novembro. Meu pai conta que quando eu ainda estava na barriga da minha mãe ele colocava Beethoven e Mozart para tocar no som, em um bom e alto volume. Lembro naquela casa que às vezes ele fazia isso, era gostoso. Outra boa lembrança era quando meus pais saiam à noite e ficávamos apenas eu e minha irmã, ela gostava de Xuxa, então colocava um discão na vitrola, e eu e ela vestíamos calça de moletom e meias, a música da Xuxa era mais um incentivo rítmico para a nossa brincadeira de sair correndo e escorregar com as meias no corredor liso e encerado que tínhamos na casa. Não me lembro de minha mãe nos xingando por esfarraparmos nossas calças com isso, mas lembro da diversão que era, e quando tocavam musicas com partes um pouco mais calmas como “Lua de Cristal” a brincadeira se tornava mais calma e até chatinha, tínhamos que esperar vir aquela “é canja é canja, é canja de galinha” para nos reanimarmos, eu ficava exausto depois de tanta correria.

Na mesma casa houve uma época em que meu meio irmão morava com nós, ele é dez anos mais velho que eu, logo devia ter por volta de uns 14 à 16 anos acredito eu. Ele gostava de rock’n’roll, meu pai também gostava, sempre ouviu muito Beatles, mas meu irmão era quem curtia mais, ele também gostava muito de pop (saudade do bom pop) estilo Michael Jackson e Madonna, eu lembro que ao som ou de um rock ou de um pop, ele me pegava e me girava e me jogava para os lados, dançava comigo e até fingia que ia me beijar (nessa hora eu como uma boa criança heterossexual me desesperava, mas ele tapava a minha boca com a mão dele e beijava as costas da mesma, que susto). Essa lembrança é uma das melhores, a música era altíssima e a diversão também, eu não tinha nenhum controle do meu corpo, se ele me soltava acho que eu me estabacaria, sorte que nunca fui traumatizado assim. Lembro que tinham vezes que ele me fazia rir e eu não parava nunca mais, e mesmo assim ele me girava e me jogava para os lados, e eu rindo muito mesmo nessas vezes sem o mínimo controle mesmo!

Todas essas memórias são por influencia direta de alguém, por conta própria eu lembro que eu gostava (meu passado me condena) da musica do pintinho amarelinho do Gugu, na verdade eu gostava muito era do bonequinho de pintinho que vinha com o disco, que era azul e pequeninho, bem legal, acho que eu cheguei a questionar porque o disco era azul se o pintinho era amarelinho... pelo menos na minha memória era azul. Mas eu logo enjoava dessa música e colocava um rock de verdade.

Alguns anos mais tarde morávamos em um apartamento isso foi entre 1995 e 1998, nessa época já tínhamos um aparelho que tocava CDs. E toda a tarde, meus pais iam trabalhar e eu ficava sozinho em casa, esse era o momento perfeito, em um volume exorbitante que nem hoje eu agüento, eu colocava coisas como Dire Straits e Bruce Springsteen. Com isso eu dançava muito sozinho e detonava em air guitars solos destruidores, até uma vez presenciei uma tacinha de cristal explodindo com um solo nervoso de guitarra onde eu tive a coragem de aumentar mais ainda o volume. Os vizinhos deviam me odiar. Mas eu era felicíssimo com isso tudo.

Depois foi a perdição, comecei a me interessar mesmo por musica, nos mudamos pra uma casa onde passamos a assinar DirecTV isso nos dava zilhoes de canais de TV, então minha programação televisiva que até os 10 anos era só de desenhos animados foi contaminada (literalmente) com MTV e mais desenhos infinitos e alguns seriados. Com a MTV eu podia não só ouvir as músicas, mas também ver elas e saber sobre o que elas eram e seus respectivos artistas, comecei a consumir CDs, e ouvia de tudo que passava naquele canal maldito, isso incluía muito Pop, eu peguei o auge das Boybands o Rock’n’roll clássico foi deixado para trás por causa de muito pop contemporâneo, comprei até um álbum da Britney Spears (Baby one more time) e dois da Cristina Aguilera, vi a Aguilera virar vadia, depois a Britney, nesse tempo eu já tinha trocado uma droga por outra... Rap e Hip Hop, o bom disso tudo é que eu não me contentava com o que passava na TV, eu tinha que saber sobre os artistas, o que eles cantavam e porque, o que queriam dizer com as músicas e impacto social e as suas referencias. Por isso agradeço a mim mesmo por essa maneira investigativa de ouvir música, pois assim eu consigo ouvir algum hip hop e dizer que é uma merda, consigo gostar de umas coisas antigas como Public Enemy e Run DMC, no Pop respeto o MJ e a Madonna entre outros.

Quando eu estava com uns 13 e 14 anos, comecei a sair e ir a festas, eu não bebia, sempre fui bem certinho, diria um bom cristão... Se eu não fosse ateu nessa época. Nas festas eu dançava muito, sem vergonha alguma, mais uma vez provavelmente pelas influencias dançarinas que eu tinha desde a infância, minha irmã à propósito fazia aula de dança também, aquele negocio da musica entrar no meu corpo começou mais forte nessa época, isso que me dava ritmo mesmo desajeitado para dançar alucinado nas festas. Com 14 anos eu fui ao Planeta Atlântida pela única vez na minha vida pelo que eu lembro, a única coisa que eu bebi foi Pepsi, e eu dancei até morrer.

Apesar do gosto musical pop eu até que era bem refinado nessa questão pelo conhecimento que eu buscava. Além disso, eu jogava RPG desde 1996 mais ou menos, comecei novo nessa nerdisse graças a meu irmão. Também como um ateu em cidade pequena, minha rebeldia cresceu junto com meu cabelo. Então façamos os cálculos: RPG + Cabelo Comprido + Ateu... Qual era o próximo estilo musical a ser ouvido?

Aos que chutaram Metal... obviamente estão corretos, sim comecei já por uma vertente muito alternativa de metal, o Folk e o Viking Metal, mas depois fui pegando gosto por Death, Gore, e outras vertentes cada vez mais underground da coisa. Quem me conheceu com 7 anos já imaginava que eu teria tendência pra coisa, já que eu só usava preto, não falava com ninguém e vivia usando uma camiseta do Iron Maiden (por causa da ilustração). Já na faculdade, meu auge da metalerice inclusive nas atitudes, quando eu estava a beber pra caralho e andava com cara de mau, fui decidindo conhecer melhor as coisas que eu conhecia só a parte underground, decidi conhecer as origens do metal, fui indo pra Iron, Metallica... e chegando assim aonde?? Onde eu comecei: AC/DC, Dire Straits, Beatles Rolling Stones.

O tempo foi passando e o gosto musical, acho que refinando cada vez mais, por influencias ainda mais antigas sempre gostei de MPB e Chico Buarque, tive meus tempos de ouvir muito o gênero, pesquisar mais da musica brasileira, gosto muito de samba, bossa nova, tropicalismo, um ronquenrrou ao estilo Mutantes, Rauzito. Umas coisas contemporâneas como Rogério Skylab me abriram a mente para experimentações mais antigas como Arrigo Barnabé, Tom Zé, Fausto Fawcett, Arnaldo Antunes, Jorge Mautner, Zumbi do Mato. Ouvi muito mangue beat com Chico Science e Nação zumbi, conheci o Cordel do Fogo Encantado, Mundo Livre S/A, Mombojó... Enfim, música brasileira é o que eu mais ouço atualmente, aqui na minha playlist no momento está Ney Matogrosso, Nação Zumbi, Pato fu, Novos Baianos, Cibelle, Rogério Skylab e Maísa Moura. A lista é enorme hoje, dos mais conhecidos até alguns que poucos conhecem, procurando cada vez coisas mais boas e diferentes. Tenho buscado também um pouco mais a fundo a origem do rock’n’roll que originou o meu gosto musical. Assim como novas experimentações na musica nacional. E indo... ao infinito e além, tem muito mais. Essa é só a pontinha do Ice Berg do meu gosto musical.

Música faz parte de uma grande parcela da vida, tem uma grande importância na construção do meu ser, e faz parte de mim integralmente, em espírito e corpo, por dentro e por fora. Por isso não tem nada melhor para mim do que chegar, depois de muito trabalho e cansaço, esmiuçado da mente e corpo, completar meus órgãos com uma dose forte de rock com muito estilo. Para dar aquela paz interior eterna e sentir a vida inteira que eu tive passando pelas minhas veias de novo. Assim eu descanso, e mais tarde, revivo como a fênix. Das próprias cinzas.


Tudo culpa do CALcine @ 10:17 PM
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